Meu cachorro está coçando muito: o que pode ser?

Você percebe que seu cachorro não para de se coçar. Primeiro é uma patinha, depois a orelha, em seguida aquela lambida insistente na barriga. Quando você vê, ele está mordendo a base da cauda com uma intensidade que chega a preocupar. Se essa cena faz parte da sua rotina ultimamente, você está no lugar certo para entender o que pode estar acontecendo.

A coceira persistente em cachorros, chamada tecnicamente de prurido, funciona como um sinal de alerta do corpo. Assim como nós não ficamos nos coçando sem motivo o dia inteiro, nossos amigos de quatro patas também não deveriam. Conforme explica o Manual Veterinário Merck, o prurido é um sintoma, não uma doença em si, indicando que algo está incomodando a pele, o pelo ou até mesmo o organismo do animal.

A boa notícia é que existem explicações para esse comportamento e, na maioria dos casos, soluções efetivas. Vamos explorar juntos as principais causas, aprender a identificar quando é algo simples ou quando merece uma visita urgente ao veterinário, e descobrir o que você pode fazer hoje mesmo para ajudar seu melhor amigo.

Pulgas, carrapatos e outros visitantes indesejados

Vamos começar pelos culpados mais comuns: os parasitas externos. Pulgas são mestres em causar tormento, e o pior é que você nem sempre consegue vê-las. Elas são rápidas, pequenas e extremamente irritantes. Uma única picada de pulga pode desencadear uma reação alérgica intensa e provocar coceira severa no animal.

Aqui vai um detalhe importante: mesmo que você não encontre nenhuma pulga pulando pelo pelo do seu cachorro, elas podem ter feito a festa e ido embora. O que fica é a reação alérgica à saliva delas, que pode durar dias. Procure por “pontinhos pretos” na base dos pelos, especialmente na barriga e na base da cauda. Esses pontinhos são, na verdade, fezes de pulga, basicamente sangue digerido.

Os carrapatos também entram nessa lista de incômodos. Além de sugarem sangue, eles podem transmitir doenças sérias. Já os ácaros causadores de sarna, como o Sarcoptes scabiei e o Demodex canis, são microscópicos mas causam estragos enormes na pele. As ectoparasitoses estão entre as principais categorias de diagnóstico quando um cão apresenta coceira intensa.

Fique de olho especialmente nas coxas, barriga, axilas e base da cauda. São as regiões favoritas desses parasitas e onde seu cachorro vai concentrar os ataques de coceira.

Quando bactérias e fungos entram no jogo

Imagine a seguinte situação: seu cachorro começou a se coçar por causa de uma pulga. A coceira causou pequenas feridas na pele. Essas feridas ficaram expostas e, rapidamente, bactérias ou fungos aproveitaram a oportunidade para se instalar. Pronto, agora você tem um problema secundário que pode ser até pior que o inicial.

Infecções bacterianas e fúngicas são causas muito comuns de prurido em cães, e geralmente aparecem como consequência de outro problema que já estava irritando a pele. A pele do cachorro tem uma microbiota natural, mas quando há desequilíbrio por coceira excessiva, umidade ou alergias, esses microrganismos se multiplicam descontroladamente.

Os sinais são bem característicos: vermelhidão intensa, um cheiro diferente (às vezes bem forte e desagradável), presença de secreção ou crostas, e perda de pelo em áreas específicas. A pele pode ficar grossa, com aspecto de couro, e seu cachorro vai insistir em coçar ou morder sempre os mesmos lugares.

As leveduras, especialmente a Malassezia, adoram áreas quentes e úmidas. Por isso, dobras de pele, espaços entre os dedos das patas e orelhas são pontos críticos. Se você notar que as orelhas do seu cachorro estão sempre vermelhas, com secreção marrom e cheiro forte, pode ser uma infecção por levedura.

Alergias: os vilões invisíveis

Agora chegamos num território mais complexo e frustrante para muitos tutores: as alergias. Diferente de parasitas que você pode ver ou infecções que deixam marcas óbvias, as alergias são reações do sistema imunológico a substâncias que, teoricamente, deveriam ser inofensivas.

As três causas mais comuns de alergia em cães são: alergia à picada de pulga, reação adversa a alimentos e dermatite atópica (alergia ambiental). E aqui está o detalhe cruel: muitos cachorros sofrem com mais de um tipo ao mesmo tempo.

A dermatite atópica canina é especialmente desafiadora. Seu cachorro pode estar reagindo a pólen de plantas, ácaros da poeira doméstica, mofo ou até mesmo ao pólen que você traz nos sapatos depois de um passeio no parque. Os sintomas costumam aparecer entre 6 meses e 3 anos de idade, e tendem a piorar com o tempo se não forem controlados.

As pistas para suspeitar de alergia incluem: coceira o ano todo (não só no verão ou em épocas específicas), lambidas obsessivas nas patas (elas ficam com aquela coloração avermelhada ou amarronzada característica), infecções recorrentes nas orelhas, e coceira que melhora um pouco com medicação mas sempre volta quando você para.

A alergia alimentar é outra possibilidade. Sim, cachorros podem desenvolver intolerância ou alergia a ingredientes que comem há anos sem problema. As proteínas mais comuns como gatilhos são frango, carne bovina, laticínios, ovos e trigo. Mas qualquer proteína pode virar um problema.

Uma característica da alergia alimentar é que a coceira geralmente não tem “época do ano”, acontece consistentemente. Além disso, pode vir acompanhada de problemas digestivos como fezes amolecidas, vômitos ocasionais ou gases excessivos.

Outros culpados que você precisa conhecer

Nem só de pulgas e alergias vive a coceira canina. Existem outras causas que, embora menos frequentes, podem estar por trás do desconforto do seu peludo.

Pele seca é mais comum do que parece. Aqui no Brasil, especialmente no inverno ou em regiões com ar condicionado constante, a pele pode ressecar e causar coceira. Banhos muito frequentes ou com produtos inadequados pioram essa situação, removendo os óleos naturais que protegem a pele.

Substâncias irritantes no ambiente e condições inflamatórias da pele também podem causar prurido. Produtos de limpeza, pesticidas usados no jardim, alguns tipos de plantas e até mesmo o tecido de uma caminha nova podem causar reações de contato.

Problemas hormonais como hipotireoidismo ou síndrome de Cushing afetam a saúde da pele e podem se manifestar com coceira, além de outros sinais como queda de pelo simétrica, letargia e alterações de peso. São causas menos óbvias, mas que seu veterinário vai considerar se as causas mais comuns forem descartadas.

Quando a coceira vira um problema real

Todo cachorro se coça de vez em quando. É perfeitamente normal ele passar a patinha atrás da orelha algumas vezes por dia ou dar aquela lambida rápida na pata depois do passeio. O problema começa quando esse comportamento se torna frequente, intenso ou causa danos visíveis.

Fique atento se seu cachorro acorda durante a noite só para se coçar. Ou se ele interrompe brincadeiras, refeições ou momentos de descanso para atacar uma coceira específica. Esses são sinais de que o desconforto é significativo.

Observe também as consequências físicas. Patas vermelhas, com a pele exposta entre os dedos? Falhas de pelo em áreas que ele coça muito? Feridas abertas, sangramento ou crostas formadas? Qualquer um desses sinais indica que a situação saiu do controle e precisa de atenção profissional.

O cheiro é outro indicador importante. Uma pele saudável não tem odor forte. Se você percebe um cheiro de “pipoca”, azedo ou simplesmente desagradável vindo da pele, orelhas ou patas do seu cachorro, provavelmente há infecção instalada.

Preste atenção também em mudanças de comportamento. Cachorro irritado, menos disposto a brincar, com dificuldade para dormir ou se lamber compulsivamente até formar feridas são sinais de que a coceira está afetando seriamente sua qualidade de vida.

O que fazer agora, antes de ir ao veterinário

Enquanto você não consegue uma consulta veterinária, existem algumas ações que podem ajudar a aliviar o desconforto do seu amigo e evitar que a situação piore.

Primeiro, faça uma inspeção completa. Com o cachorro calmo, examine toda a pele dele procurando por pulgas, carrapatos, feridas, vermelhidão ou qualquer coisa fora do normal. Use um pente fino para pulgas se tiver, especialmente passando na base da cauda e na barriga. Aqueles pontinhos pretos que mencionei antes aparecem facilmente num papel toalha branco se você pentear o cachorro sobre ele.

Revise o controle de parasitas. O antipulgas está em dia? Lembre que a maioria dos produtos precisa ser reaplicada mensalmente. Se você mora em área com muita vegetação ou outros animais por perto, considere produtos que também protejam contra carrapatos e ácaros.

Banhos mais frequentes com shampoos suaves e não irritantes podem ajudar no controle da coceira, mas cuidado para não exagerar. Dois banhos por semana já é o máximo na maioria dos casos. Use água morna (nunca quente) e shampoos específicos para peles sensíveis ou com coceira. Existem shampoos com aveia coloidal, que são muito calmantes.

Atenção ao ambiente também faz diferença. Lave todas as roupas de cama do cachorro em água quente. Aspire sofás, tapetes e cantos onde ele costuma ficar. Se você tem cortinas, tente lavar ou aspirar bem. Ácaros da poeira adoram esses locais. Trocar o filtro do ar condicionado também ajuda a reduzir alérgenos no ar.

Sobre a alimentação, se você suspeita de alergia alimentar, resista à tentação de ficar trocando de ração de uma semana para outra. Isso só vai confundir ainda mais o diagnóstico. Anote o que ele está comendo atualmente (marca, sabor, quantidade) e mantenha por enquanto, a não ser que seu veterinário oriente diferente.

Uma dica valiosa: comece um diário da coceira. Anote quantas vezes por dia você percebe seu cachorro se coçando, em quais horários é mais intenso, quais partes do corpo ele ataca mais. Isso vai ser ouro para o veterinário durante a consulta.

Evite soluções caseiras milagrosas que você encontra em grupos de redes sociais. Aplicar vinagre, óleo de coco, ervas variadas ou qualquer outra substância sem orientação pode piorar a situação. Na dúvida, menos é mais até você ter orientação profissional.

A consulta veterinária: o que esperar

Quando você finalmente conseguir marcar a consulta, prepare-se para uma investigação detalhada. Veterinários especializados em dermatologia trabalham quase como detetives, juntando pistas para chegar no culpado da coceira.

A primeira parte será um interrogatório completo. O veterinário vai querer saber: quando começou exatamente, se piora em algum momento do dia ou época do ano, o que você tem feito para controlar, se outros animais da casa estão afetados, mudanças recentes na rotina ou ambiente, histórico de alergias na família do cachorro (se você souber), e detalhes sobre alimentação.

Depois vem o exame físico completo. O veterinário vai examinar cada centímetro da pele, observar o padrão de distribuição das lesões (isso dá muitas pistas sobre a causa), checar orelhas, patas, região anal, barriga e axilas com atenção especial.

Uma abordagem sistemática é recomendada: primeiro excluir parasitas, depois infecções e, por fim, investigar alergias. Por isso, não se surpreenda se o veterinário pedir vários exames ao longo do tempo.

Os exames mais comuns incluem: raspado de pele para procurar ácaros microscópicos, citologia (exame das células da pele para identificar bactérias ou fungos), cultura fúngica se houver suspeita de dermatofitose (tinha), e possivelmente exames de sangue para avaliar hormônios ou função de órgãos.

Se a suspeita for alergia alimentar, prepare-se para uma dieta de eliminação. Isso significa alimentar seu cachorro por 8 a 12 semanas com uma proteína e um carboidrato que ele nunca comeu antes, ou com uma ração hidrolisada especial. É trabalhoso, exige disciplina total (nada de petiscos, restos de comida ou aquela “provadinha” que o cachorro te implora), mas é o único jeito confiável de diagnosticar.

O tratamento para alergias crônicas pode incluir evitar alérgenos, banhos regulares, suplementação com ácidos graxos essenciais e medicamentos como ciclosporina ou oclacitinibe. São opções modernas e efetivas, mas que exigem acompanhamento.

Vivendo no Brasil: particularidades do nosso clima

Morando aqui em São Paulo e conhecendo a realidade de outras regiões brasileiras, posso te dizer que nosso clima tropical e subtropical traz desafios específicos para a saúde da pele canina.

O calor e a umidade são paraísos para pulgas. Diferente de países com inverno rigoroso onde a população de pulgas diminui drasticamente, aqui elas proliferam praticamente o ano todo. Mesmo em apartamentos de grandes cidades, seu cachorro pode pegar pulgas no elevador, no pet shop, no parque ou de outros animais.

A época de chuvas, especialmente no verão, aumenta a umidade e favorece infecções por fungos e leveduras. Cachorros de raças com dobras (Shar-Pei, Bulldog, Pug) ou pelos longos sofrem especialmente nessa época. Secar bem após banhos e chuvas é fundamental.

Nossos parques e áreas verdes, embora maravilhosos para passeios, são ricos em pólen e gramíneas que podem desencadear alergias. Se você percebe que a coceira do seu cachorro piora depois de passeios em áreas com muita vegetação, pode ser esse o gatilho. Limpar as patas com um pano úmido ao voltar para casa ajuda a remover esses alérgenos.

O ar condicionado, muito comum em residências urbanas, pode ressecar a pele. Combinado com banhos frequentes (que muita gente acha necessário por causa do calor), acaba removendo a oleosidade natural protetora da pele.

Uma dica regional importante: preste atenção em mudanças de floração. Aqui no Sudeste, por exemplo, há épocas específicas em que determinadas árvores soltam muito pólen. Se a coceira do seu cachorro tem sazonalidade, pode estar relacionada.

Raças mais propensas a problemas de pele

Embora qualquer cachorro possa desenvolver coceira, algumas raças têm predisposição genética para problemas dermatológicos. Conhecer essas tendências ajuda você a ficar mais atento.

Golden Retriever, Labrador e West Highland White Terrier estão no topo da lista de raças com tendência à dermatite atópica. Bulldogs (Inglês e Francês), Shar-Pei e Pugs, com suas dobras características, são mais suscetíveis a infecções por fungos e bactérias nas dobras.

Cocker Spaniel tem predisposição a problemas nas orelhas e alergias alimentares. Pastor Alemão frequentemente desenvolve problemas de pele relacionados a alergias e pioderma (infecção bacteriana profunda).

Isso não significa que seu vira-lata está livre de problemas. Na verdade, cães SRD (sem raça definida) também sofrem com coceira, mas geralmente têm menos predisposição genética a condições específicas.

Prevenção: o melhor remédio existe

Já que falamos tanto sobre causas e tratamentos, vale investir um tempo em prevenção. Algumas medidas simples podem evitar que a coceira se torne um problema crônico na vida do seu cachorro.

Mantenha o controle de parasitas rigorosamente em dia. Marque no calendário as datas de reaplicação e não atrase. Produtos modernos são seguros e eficazes quando usados corretamente.

Invista em ração de qualidade. Não precisa ser a mais cara do mercado, mas evite marcas com ingredientes duvidosos ou muitos corantes e conservantes. Uma alimentação balanceada reflete diretamente na saúde da pele e do pelo.

Estabeleça uma rotina de banhos adequada para seu cachorro. Para a maioria dos cães, uma vez a cada 15 dias é suficiente, a não ser que ele se suje muito ou tenha recomendação veterinária diferente. Use sempre produtos específicos para cães.

Escove seu cachorro regularmente. Além de fortalecer o vínculo entre vocês, isso remove pelos mortos, distribui a oleosidade natural da pele e permite que você identifique problemas precocemente.

Mantenha o ambiente limpo, especialmente os locais onde seu cachorro passa mais tempo. Lavar caminhas, aspirar regularmente e manter boa ventilação nos ambientes previne acúmulo de alérgenos.

Atenção à saúde geral: cachorro saudável tem menos problemas de pele. Check-ups regulares, vacinação em dia, vermifugação e exercícios adequados contribuem para um sistema imunológico forte.

Mitos que precisam cair por terra

Antes de terminar, vamos desfazer alguns mitos comuns sobre coceira em cachorros que podem atrapalhar você a ajudar seu peludo.

“Se eu não vejo pulgas, elas não existem.” Falso. Pulgas são rápidas e se escondem. Você pode nunca ver uma pulga mesmo que seu cachorro esteja infestado. Os sinais indiretos (fezes de pulga, padrão de coceira) são mais confiáveis.

“Coceira é sempre alergia.” Não necessariamente. Como vimos, as causas são variadas e é preciso investigar sistematicamente.

“Banho frequente resolve coceira.” Pode até ajudar em alguns casos, mas banhos demais com produtos errados pioram a situação ressecando a pele.

“Cachorro de pelo curto não tem problema de pele.” O comprimento do pelo não determina predisposição a problemas dermatológicos.

“Remédio humano serve para cachorro.” Nunca, jamais, medique seu cachorro com produtos de uso humano sem orientação veterinária. A fisiologia é diferente e você pode causar intoxicação grave.

“Trocar a ração resolve alergia alimentar rapidamente.” Se fosse alergia alimentar mesmo, levaria semanas para os sintomas melhorarem, e a troca precisa ser feita de forma estruturada, não aleatória.

Quando a situação se torna crônica

Alguns cachorros, infelizmente, vão lidar com coceira a vida toda. Dermatite atópica, por exemplo, não tem cura, apenas controle. Se esse for o caso do seu amigo, não desanime.

Conviver com um cachorro alérgico exige paciência e comprometimento, mas é totalmente possível proporcionar qualidade de vida excelente. O segredo está no manejo adequado: identificar e evitar gatilhos sempre que possível, manter tratamentos conforme orientação veterinária mesmo quando parecer que está tudo bem, estabelecer rotinas de cuidado com a pele, e aceitar que haverá períodos melhores e piores.

Medicações modernas como Apoquel (oclacitinibe) e Cytopoint (lokivetmab) revolucionaram o tratamento de alergias em cães, oferecendo controle efetivo do prurido com menos efeitos colaterais que as opções antigas. Converse com seu veterinário sobre essas possibilidades.

Suplementação com ômega-3 de qualidade pode fazer diferença significativa a longo prazo. Os ácidos graxos essenciais têm propriedades anti-inflamatórias que beneficiam a pele.

Considere também acompanhamento com veterinário dermatologista se o caso for complexo. São profissionais especializados que conhecem a fundo as sutilezas dos problemas de pele e têm acesso a opções de tratamento mais avançadas.

Seu papel como tutor observador

No fim das contas, você é quem passa mais tempo com seu cachorro e quem melhor pode perceber mudanças sutis no comportamento dele. Desenvolva o hábito de observar atentamente.

Aprenda a examinar regularmente a pele do seu cachorro. Faça disso parte da rotina de carinho. Enquanto você faz aquele cafuné que ele adora, aproveite para sentir a textura da pele, verificar se há caroços, áreas quentes ou sensíveis.

Fotografe as lesões se aparecerem. Ajuda muito na comunicação com o veterinário e permite acompanhar a evolução do tratamento.

Mantenha registros. Pode parecer exagero, mas anotar quando começou a coceira, o que você fez, como respondeu ao tratamento e quando houve recidivas cria um histórico valioso para decisões futuras.

Confie no seu instinto. Se você acha que algo não está certo, provavelmente não está. Procure ajuda profissional sem culpa ou receio de estar “exagerando”.

Palavras finais

Ver seu cachorro se coçando incessantemente é angustiante. Aquela coceira parece não dar trégua, e você se sente impotente querendo aliviar o desconforto dele. Mas agora você tem informação para agir.

Lembre que coceira persistente não é “frescura” canina nem algo que “passa sozinho”. É um sinal real de desconforto que merece atenção e cuidado adequado. Com investigação apropriada, quase sempre se chega num diagnóstico e num plano de tratamento efetivo.

A jornada pode exigir paciência. Às vezes é preciso testar diferentes abordagens até encontrar o que funciona para seu cachorro especificamente. Mas quando você finalmente vê ele descansando tranquilo, sem se coçar a cada cinco minutos, todo esforço vale a pena.

Seu cachorro conta com você para ser sua voz e cuidar dele da melhor forma possível. Fique atento aos sinais, não hesite em buscar ajuda profissional quando necessário, e lembre que você não está sozinho nessa jornada. Milhões de tutores ao redor do mundo lidam com questões semelhantes todos os dias.

E se você quiser compartilhar sua experiência ou tem dúvidas sobre situações específicas que não abordamos aqui, os comentários estão abertos. A troca de experiências entre tutores enriquece nosso conhecimento e ajuda outros que possam estar passando pela mesma situação.

Cuide bem do seu peludo. Ele merece uma pele saudável e uma vida sem coceira constante.

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